O PT e o PSOL anunciaram nesta sexta-feira (28), por meio de
notas, que os deputados e senadores dos dois partidos não vão comparecer à
cerimônia de posse de Jair Bolsonaro na terça-feira (1º) no Congresso Nacional.
Dono da maior bancada da Câmara na próxima legislatura, o PT
afirmou que o boicote à solenidade que empossará o novo presidente da República
é um “ato de resistência. Bolsonaro derrotou no segundo turno da corrida pelo
Palácio do Planalto o presidenciável do PT, Fernando Haddad.
A nota divulgada nesta sexta pelo Partido dos Trabalhadores
está assinada pela presidente nacional da sigla, senadora Gleisi Hoffmann (PR),
e pelos líderes da legenda no Senado e na Câmara, senador Lindbergh Farias
(RJ), e deputado Paulo Pimenta (RS).
Os petistas afirmam no comunicado que, em quase quatro
décadas de existência, o partido “sempre reconheceu a legitimidade das
instituições democráticas”, porém, alegam que a “lisura” do processo eleitoral
deste ano foi “descaracterizada pelo golpe do impeachment, pela proibição
ilegal da candidatura do ex-presidente Lula e pela manipulação criminosa das
redes sociais para difundir mentiras contra o candidato Fernando Haddad”.
“Não compactuamos com discursos e ações que estimulam o
ódio, a intolerância e a discriminação. E não aceitamos que tais práticas sejam
naturalizadas como instrumento da disputa política. Por tudo isso, as bancadas
do PT não estarão presentes à cerimônia de posse do novo presidente no
Congresso Nacional”, justificou o PT na nota.
Já o PSOL alegou no comunicado assinado pela executiva
nacional que os parlamentares da sigla não comparecerão à solenidade porque
“não há nada a comemorar”.
De acordo com os dirigentes do PSOL, o governo que se
iniciará em 1º de janeiro “tem como princípios o ódio, o preconceito, a
intolerância e a violência”.
“Estaremos nas ruas, desde o primeiro dia de governo,
defendendo a democracia, os direitos do povo brasileiro e a soberania nacional
contra aqueles que querem fazer o Brasil retroceder a 1964. Seremos resistência,
desde o primeiro dia do governo Bolsonaro, nas ruas e no parlamento, em defesa
do povo brasileiro”, diz trecho do comunicado da executiva nacional do PSOL.
Via - Pagina20
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