Redação - O
Acre Notícia, 15 de maio 2019
O Lar dos
Vicentinos em Cruzeiro do Sul vive situação parecida com o que já ocorreu com a
Casa de Acolhida Souza Araújo e o Hospital Santa Juliana: a ameça de fechar as
portas por falta de repasse do governo do estado.
É o que diz
a coordenação da entidade que abriga atualmente 31 idosos na segunda maior
cidade do Acre. O governo acreano não faz o repasse dos recursos desde novembro
do ano passado. A dívida já ultrapassa os 100 mil reais.
Para não
fechar as portas, a própria instituição tem arcado com todas as despesas,
principalmente o pagamento dos salários de 9 servidores. O problema, é que a
fonte secou.
“Há um
convênio com a secretaria de Saúde do Estado para pagar um fisioterapeuta, sete
auxiliares de enfermagem e uma enfermeira. São cerca de R$ 17 mil mensais. Como
o repasse não é feito desde novembro de 2018, nós usamos os nossos recursos pra
honrar os salários e não deixar que o atendimento aos idosos perdesse a
qualidade. Só que para esse pagamento de maio já não temos como pagar e sem
esses profissionais é impossível cuidar dos nossos idosos. E esse dinheiro que
usamos está fazendo muita falta em outras áreas. Chegamos no nosso limite”
declara a coordenadora substituta do Lar Vicentino de Cruzeiro do Sul, irmã
Mônica Xavier.
Apesar da
prefeitura de Cruzeiro do Sul ceder alguns servidores para a instituição, o
número é insuficiente para garantir o atendimento aos internos.
Um outro
problema são os custos com a medição. Nem o governo do Estado, nem a prefeitura
de Cruzeiro do Sul ajudam com o fornecimento de medicamentos para os internos.
A despesa nas farmácias da cidade com remédios e fraldas geriátricas, chega a
R$ 12 mil mensais.
Já a
alimentação dos idosos é garantida por meio de doações da comunidade e de um
grande evento arraial junino, realizado todos os anos que garante um fôlego
para a compra dos gêneros alimentícios.
Por-Sandra
Assunção
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