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Santiago e outras cidades do Chile terão novo toque de recolher; manifestações continuam pelo país


Por redação - O Acre Notícia, 21 de Outubro 2019


Metrô de Santiago voltou a funcionar parcialmente, mas algumas das estações do centro da capital chilena continuam fechadas. Mais de 5 mil escolas pelo país estão sem aulas.

O governo do Chile decretou novo toque de recolher na região metropolitana de Santiago a partir das 20h (horário local) desta segunda-feira (21). A capital chilena e outras cidades do país tiveram novo dia de protestos, mesmo após as autoridades locais cancelarem o aumento no preço das passagens de metrô – o que gerou as primeiras manifestações.

Além de Santiago, outras regiões estão sob toque de recolher: Valparaíso, Concepción, Antofagasta Rancagua (leia sobre os protestos em outras cidades mais adiante). Na capital, será a terceira noite consecutiva em que a medida valerá – das 20h às 6h (horário local).


Na tarde desta segunda-feira, milhares de manifestantes se concentraram na Praça Itália, também conhecida como Praça Baquedano, que fica na região central de Santiago. Segundo a imprensa chilena, os protestos começaram pacíficos e com diversas frentes – não há apenas um grupo organizando os atos.

Porém, mais tarde, agências internacionais e jornais e emissoras chilenos registraram imagens de forças de segurança lançando bombas de efeito moral e atirando jatos de água contra os grupos. Alguns manifestantes também fizeram barricadas na capital em em outras cidades.

Algumas estações da linha 1 do metrô de Santiago, que cruza a cidade de leste a oeste, voltaram a funcionar nesta segunda. Ainda assim, há pontos fechados na região central da capital chilena. Nesta segunda, segundo o jornal "El Mercurio", outra estação precisou ser fechada.

A ministra da Educação chilena, Marcela Cubillos, anunciou que 5.684 escolas estão com as aulas suspensas em quatro regiões do Chile, inclusive a Grande Santiago.

A onda de protestos no Chile se intensificou na sexta-feira (18), quando manifestantes incendiaram estações de metrô e outros estabelecimentos em atos contra o aumento no preço das passagens. Onze pessoas morreram e mais de 1,4 mil foram detidas, segundo o balanço oficial mais recente divulgado até a última atualização desta reportagem.





Entenda em cinco pontos os protestos no Chile:

Governo anunciou um aumento de 30 pesos na tarifa do metrô, equivalente a R$ 0,20;

Violência aumentou nos protestos a partir de sexta-feira (18), após confrontos com a polícia;

Chile decretou, no sábado (19), estado de emergência por 15 dias, e o Exército foi às ruas pela 1ª vez desde a ditadura, que durou de 1973 a 1990;

Ainda no sábado, presidente chileno suspendeu o aumento na tarifa do metrô, mas os protestos continuaram;

Metrô de Santiago fechou e o aeroporto da capital chilena teve voos suspensos.





(G1)

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