O Acre Notícia – Por redação
Uma viagem que deveria durar cerca de 10 horas entre a capital acreana, Rio Branco e Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, que tem uma distância estimada de mais de 600 quilômetros, ainda é um grande desafio para muitos acreanos; pois, devido aos inúmeros buracos e erosões na pista, a viagem passa a durar mais de 16 horas.
O trajeto que corta munícipios como Sena Madureira, Feijó, Tarauacá e Manoel Urbano, até chegar a Cruzeiro do Sul, geralmente é feito em cerca de 10 horas. Contudo, devido às péssimas condições da pista, em grande parte da rodovia, a viagem poderá durar de 14 à 16 horas.
de 14 horas, mas é uma viagem que já foi de 10 a 11 horas. Então, aumentou uma faixa de 3 a 4 horas”, disse Francisco Mendes, gerente de uma das empresas que faz o transporte intermunicipal entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul.
“Viagem bastante
cansativa, demorada pela distância e pelas más condições da estrada, balança
bastante devido aos buracos. É muito cansativa, com mais de 12 horas”, disse
Silas Júnior, de 33 anos, que mora em Rio Branco, mas precisou viajar até
Cruzeiro do Sul a trabalho. Ele destacou que saiu às 19h da segunda-feira (19)
e chegou nesta terça-feira (20), às 7h30 da manhã.
No mês de fevereiro, a BR
chegou a ficar interditada por quatro dias, momento em que passou por
manutenção devido aos prejuízos causados pelas fortes chuvas na região.
Dois meses depois, o
tráfego foi novamente interrompido para retirada de um aterro de pedras
colocado no local no mês de fevereiro.
Francisco Mendes disse,
ainda, que a prolongação da viagem vem sendo um transtorno para os passageiros,
que reclamam muito sobre; porém, ele afirma que é preciso manter a segurança de
todos.
“Há reclamações dos passageiros pelo fato de que a viagem prolongou bastante devido a essa buraqueira, e tivemos que reduzir a velocidade para evitar a possibilidade de quebra dos veículos. A gente justifica que faz parte de medidas de segurança, porque devido a estrada ter muito buraco, reduzimos a velocidade para garantir a segurança dos mesmos. Automaticamente, se reduz a velocidade, aumenta o tempo de percurso” (sic); e completou: “a gente não tem quebra porque focamos bastante na prevenção do veículo, mas temos um aumento na reposição de peças do veículo; também tem a danificação da lataria. Então, o que causa é isso, além do atraso na hora da chegada e saída” (sic), finalizou.
“Implantação
fracassada”
Carlos Moraes, superintendente do Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) criticou a obra de construção
da estrada e afirmou que o órgão vem fazendo os reparos para garantir que ela
não seja fechada no período invernal, como ocorrido em anos anteriores.
Contudo, garantiu que é necessária uma obra de reconstrução mais resistente.
“Não é novidade a BR-364 estar assim. Ela teve uma
implantação fracassada e, desde então, tem sérios problemas estruturais que,
enquanto a gente faz a manutenção, chega o inverno e ela volta para uma
condição crítica. Se a gente voltar um pouquinho, em novembro do ano passado
ela estava em uma condição satisfatória, mas veio o inverno; e quando foi março
e abril já estava em uma situação muito crítica”, ressalta.
(Juruá em tempo)
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