por Jocivan Santos A professora Silvia Nunes, 35 anos, é servidora da rede pública de educação, e conta que também tem um filho autista, o Henrique Nunes de 6 anos.
“Eu tive que me profissionalizar para cuidar do meu filho, inclusive dar uma melhor qualidade de vida à ele” diz a professora, que tem formação em Psicopedagogia e Atendimento Educacional Especializado.
Silvia Nunes orienta que a dificuldade no aprendizado por parte do aluno, pode ser uma das características a ser levada em conta, para um possível diagnóstico do autismo, mais que tudo depende de uma avaliação mais criteriosa por parte de profissionais especializados, que abrange observação, histórico de desenvolvimento e testes de padronizados.
O aprendizado da criança autista pode ocorrer em conjunto com outras crianças, tendo em vista que o Transtorno do Espectro Autista, não é considerado uma doença. E o apoio precoce juntamente com a intervenção terapêutica podem ajudar na melhoria da qualidade de vida dessas pessoas.
A professora destaca também, que a falta de profissionais especializados na rede pública, para atendimento a essas pessoas, como por exemplo o neuropediatra, pode causar o atraso no desenvolvimento das mesmas.
Uma consulta com esse profissional na rede pública de saúde, tem levado muitas famílias a praticamente uma peregrinação no sistema de saúde, acarretado por uma demora quase infindável no agendamento e realização dessas consultas, tanto no estado quanto no município.
“Eu, por exemplo, estou quase dois anos esperando o atendimento do meu filho para terapias, no centro de saúde Baral y Baral, até hoje nunca me ligaram, ai tenho que me virar do jeito que posso pela saúde do meu filho” diz a professora.
Na Fudanção Hospitalar, onde o retorno com o neuropediatra precisa ocorrer a cada três ou seis meses, o que é praticamente impossível, devido a demanda ser muito alta para os poucos profissionais médicos neuropediatras disponíveis no serviço público.
As pessoas com Transtorno do Espectro Autista podem ter dificuldades com a linguagem, a comunicação não verbal, a interação social, a compreensão de pistas sociais e o processamento sensorial. Por isso a inclusão e a aceitação da diversidade são importantes para criar uma sociedade mais justa, e equitativa para as pessoas autista em nossa sociedade, relata a professora.
Silvia Nunes é professora da rede publica, e tem formação em Psicopedagogia com ênfase na Educação Especial e Atendimento Educacional Especializado. (FOTO:arquivo pessoal)
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