Medidas
protetivas são ordens judiciais concedidas com a finalidade de proteger as
mulheres que estão correndo risco
A 2ª Vara de
Proteção à Mulher de Rio Branco completou nesta quinta-feira, 1º de junho, três
meses de funcionamento. A atuação da unidade judiciária amplia resposta da
Justiça aos casos pautados na Lei Maria da Penha, assim atendendo com mais
celeridade a essa grave problemática da sociedade acreana.
De acordo
com o Sistema de Automação da Justiça (SAJ), do período de 1º de março de 2023
a 31 de maio 2023, a 2ª Vara de Proteção à Mulher deferiu 331 medidas
protetivas, recebeu 85 denúncias e decretou 10 prisões em Rio Branco.
Atualmente,
há 471 processos em andamento nesta unidade. Esses dados sobre a produtividade
estão diretamente ligados à distribuição de justiça, alcançando a realidade de
mulheres que rompem ciclos de violência e precisam de ajuda.
A violência
é a ruptura de qualquer forma de integridade da vítima: física, psíquica,
sexual e moral. A juíza Louise Kristina assumiu a titularidade da vara há pouco
mais de um mês, portanto o exercício de sua competência provoca esse contato
diário para aplicar os textos legais a casos concretos, que envolvem mães,
idosas, companheiras, ex-companheiras, filhas, enteadas, jovens, negras,
vulneráveis, com medo, sobreviventes, machucadas, violadas, com objetos
quebrados, com ameaças contra a vida e outras diversas formas abomináveis de
violências que precisam ser coibidas.
“Os
primeiros três meses foram desafiadores, pois organizamos fluxos cartorários e
rotinas de trabalho de acordo com a especialidade da vara, focada na celeridade
e efetividade das decisões e, principalmente, no atendimento humanizado à
vítima de violência doméstica. Dia a dia acompanhamos situações que nos fazem
refletir o quão desafiador é superar a cultura do patriarcado e a desigualdade
de gênero, para que a mulher seja reconhecida e respeitada como sujeito de
direitos, aliás, de todos os direitos. Temos muito a avançar, mas o sentimento
é de pertencimento e compromisso”, sintetizou a magistrada.
Portanto, a
2ª Vara de Proteção concretiza a ampliação do acesso à justiça e fortalecimento
da política de enfrentamento da violência contra a mulher, juntamente com os
demais órgãos e instituições que compõem o sistema de Justiça e a rede de
proteção.
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