O histórico de
assassinatos polêmicos e de grande repercussão dentro do presídio Antônio
Amaro em Rio Branco, não é dos melhores. E para própria justiça em 2009, quando o pistoleiro
Martiniano Oliveira, foi encontrado morto, parece ter ficado claro mais uma
vez, com as críticas feitas pela juíza do caso. Que até para a própria justiça,
manter alguém preso e seguro, dentro do único presídio de segurança máxima do
Acre, dependendo de quem for, pode ser uma tarefa impossível.
Em 2009 o
caso Magaiver Batista de Souza, também dentro do presídio de segurança máxima
Antônio Amaro, em Rio Branco, esse preso veio transferido de Sena Madureira,
sob acusação de estupro, e por medida de segurança foi colocado em uma cela do
presídio. Magaiver foi brutalmente espancado e assassinado, amanheceu pendurado
pelo pescoço. O crime gerou grande repercussão na época.
Outro caso
de grande repercussão, um detento arrancou literalmente os testículos de outro
desafeto posto na mesma cela, fato também ocorrido nas dependências do presídio
de segurança máxima Antônio Amaro.
Na verdade,
esse presidio, tido como de segurança máxima, acumula uma série de violações de
direitos humanos, com um histórico tenebroso de atentados contra vida, de
mortes, torturas, espancamentos de presos, corretivos ilegais, assassinatos, e
por último decapitação e chacina.
Mais podemos
observar também as fugas ocorridas no sistema prisional do Acre, em janeiro de
2022 ocorreu uma fuga cinematográfica no maior presido do Estado, o Francisco
de Oliveira Conde, 22 presos de uma só vez deram no pé. Em dezembro do mesmo ano, mais 5 presos de
uma só vez, também empreenderam fuga e conseguindo escapar, sem ninguém ver
absolutamente nada, e nesse meio, criminosos condenados a mais de 200 anos de
prisão conseguiram escapar.
E sobre
essas ocorrências ruins para o sistema, e danosa para sociedade, estamos diante
de uma gestão da segurança pública do Acre, que não traz nada de novo, apesar
dos altos investimentos, quando o assunto é o sistema penitenciário, prevenção,
trabalho de inteligência, tendo em vista identificar possíveis falhas,
distribuição de câmeras, tendo em vista descobrir pontos cegos ainda não
monitorado pelo sistema, entre outros encaminhamentos necessários para
elucidação de qualquer demanda, que envolva qualquer forma de corrupção dentro
do sistema prisional do Acre, como um todo.
Por tanto, a
matança ocorrida no último dia 26, dentro do presido Antônio Amaro, tido como
de segurança máxima, é o resultado de mais uma falha supostamente permitida.
Deixando claro esses eventos para sociedade acreana, que quando presos tem
acesso a armas de grosso calibre, fazem policiais reféns, executam e cortam a
cabeça de rivais, está mais do que transparente, que houve, sim, falhas, e
vidas de trabalhadores inocentes foram postas em risco. Então, há de se
considerar a existência de falhas gravíssimas de gestão, de procedimentos,
protocolos e de servidores, que precisam ser corrigidas com urgência.
Dos eventos
ocorridos em celas do presídio Antônio Amaro, que envolveram assassinatos, e
consequentemente geraram grande repercussão na sociedade, através da imprensa,
como torturas e mortes. Apesar das autoridades garantirem uma investigação
sobre os casos, ninguém foi preso ou condenado, ninguém foi punido, mesmo com
suspeita do envolvimento de servidores público.
Por outro
lado, a sociedade se ver diante da barbárie, se ver refém de um sistema fraco,
falho, medieval, ultrapassado, que, se quer, consegue manter alguém vivo e em
segurança. Além de se ver refém também de um sistema paralelo de comado, que
sobre suas ordens está a de decidir quem vive e quem morre, inclusive dentro do
próprio sistema prisional administrado pelo Estado.
A sociedade
acreana, em geral, passar a ser vítima do Estado, e do que chamam de estado
paralelo comandado pelas organizações criminosas que impõem pelo uso da coação
o medo. O exemplo disso é que em consequências dos assassinatos dentro do
presídio, do lado de fora, ruas da cidade ficaram desertas, moradores trancaram
suas portas mais cedo, e a recomendação que passou de boca em boca era a de não
sair de casa. Parece que vivemos num velho oeste.
Enquanto
isso a sociedade vai assistindo quem impõem a moral, pela moral que teve, mesmo
dentro de um presídio de segurança máxima, decapitar seus rivais, em
consequência das falhas gravíssimas que tem o sistema de Estado, em não os
manter presos e seguros, apesar dos milhões de investimento em segurança. E são
fatos como esses que atingem em cheio, nossa sensação de segurança, porque, na
verdade, apesar de ater termos uma sensação de segurança, a realidade é que não
estamos seguros.
O presídio
de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, tem um histórico tenebroso de
atentados contra vida, de mortes, torturas, espancamentos de presos, corretivos
ilegais, assassinatos, e por último uma chacina. Presos de forma
cinematográfica tiveram acesso à sala de armas do presídio, executaram e
degolaram rivais. É mais um caso que para segurança do estado cabe elucidar,
informar para sociedade o que de fato ocorreu para que acontecesse tamanha
barbárie.
Mais pelo histórico que se tem das
violações do Estado, na administração do presídio de segurança máxima Antônio
Amaro, o caso dessa última matança, será mais um caso como os outros, apesar de
prometerem uma investigação séria, é possível que ninguém seja responsabilizado
e punido.
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