POLICIA

Homem alega ser espancado por policiais após ser confundido com assaltante em Rio Branco

 por Redação

Homem é agredido pela polícia após o confundirem com assaltante na madrugada desta segunda-feira, 28. A vítima teve o veículo roubado no último domingo, 27, enquanto trabalhava como motorista de aplicativo, após ser ameaçado pelos criminosos resolveu não entrar em contato com a polícia.

A vítima estava em uma corrida próxima a um posto de abastecimento quando dois homens de moto pararam em frente ao carro e o abordaram, um deles estava armado e entrou no carro fazendo ameaças de que mataria o pai dele.

“Veio dois caras de moto, eles pararam na frente do carro e um deles já entrou apontando a arma e mandou eu descer dizendo que ia matar meu pai, porque me conhecia e sabia onde meu pai mora”, diz o motorista.

Com receio das ameaças, ele decidiu voltar para a casa, mas por volta das 2 horas da manhã da segunda-feira, recebeu uma ligação informando onde estava o carro. Após isso, foi até o local e chamou a polícia, porém, assim que a polícia chegou confundi-o com criminoso e espancou ele.

“Eu estava no canto, parado, esperando a viatura chegar para poder ir até onde estava o carro, assim que chegaram fui lá e a polícia veio para cima e me bateram. Só depois de insistir para verem o documento do carro eles pararam”, relata a vítima.

A vítima levou vários socos no rosto enquanto explicava que era proprietário do carro, quando os militares descobriram o que realmente estava acontecendo mudaram o tratamento e levaram a vítima para a Delegacia de Flagrantes (Defla), mas para evitar que denunciasse, não fizeram o boletim de ocorrência.

“Não me entregaram papel algum na Defla, meu carro está preso, mandaram eu ir buscar hoje [segunda-feira, 29], mas não tenho nenhum documento já que não me entregaram”, comenta o rapaz.

O delegado Samuel Mendes, ouviu a vítima e pediu exame de corpo de delito. O próximo passo é identificar os policiais envolvidos, assim que descobrir qual guarnição e os policiais envolvidos, vai analisar é crime para ser investigado pela Policia Civil ou Militar.

“Com a declaração dele vamos investigar se houve indícios de crime militar, ver todo o contexto, se estavam no exercício da função, ver qual é a situação”, diz o delegado.

Ainda segundo o delegado, os militares não podiam deixar de fazer o boletim de ocorrência para que se entenda o que aconteceu, mas como o carro foi levado ao pátio do Departamento Estadual de Trânsito do Acre (Detran/AC), é preciso assinalar o que aconteceu e assinar seu nome. Esse documento que vai servir para a identificação dos policiais.

“Segundo foi falado, ele foi levado a Defla, mas lá não foi feito nenhum documento registrando a situação, o que é estranho e será apurado já que houve o acompanhamento até a delegacia” finaliza o delegado.


(inf.via/AdailsonOliveira/TVgazeta)

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