Morreu nesta segunda-feira, 6, o médico irlandês William John Woods, missionário da igreja batista, mais conhecido Dr. Guilherme, que vive no Acre desde a década de 1960. Ele já foi condecorado pela Rainha Elizabeth, da Inglaterra, com o título de Cavaleiro da Ordem do Império Britânico. A homenagem pela luta do médico em diminuir os casos de hanseníase na Amazônia.
Nas décadas
de 70 e 80, em pequenos aviões, barcos, canoas, lombo de animais e muitas horas
a pé, ele levou os medicamentos que tratavam e curavam a hanseníase, para
moradores de seringais, aldeias indígenas, localidades ribeirinhas e locais de
difícil acesso no Acre.
Willian, ou
Dr. Guilherme, como ficou conhecido por aqui, chegou ao Acre na década de 60
como missionário da Igreja Batista.
Mas, vendo o
sofrimento de seringueiros nas matas acreanas que perdiam pedaços do corpo, por
causa da hanseníase, ele foi estudar medicina na Universidade Federal do
Amazonas, onde se formou em 1974.
Voltou para
o Acre e passou a ser o “médico da hanseníase”. Inicialmente, usava a dapsona,
única droga conhecida para tratar a doença. Só a partir de 1986, o Ministério
da Saúde, passou a utilizar na rede pública de saúde, a poliquimioterapia, três
medicamentos, que curam de fato a hanseníase.
Dr.
Guilherme continuou as viagens com o novo tratamento e a realidade acreana com
relação à hanseníase mudou. Na década de oitenta, o Acre era o primeiro do
Brasil em número de casos de hanseníase.
Doença de Jorge Lobo
Dr.
Guilherme também era reconhecido por ter descoberto cura para a doença tropical
de Jorge Lobo, que é rara e só tem incidência na Amazônia.
Entre as
condecorações recebidas, Dr. William foi agraciado com o título de Cavaleiro da
Ordem do Império Britânico e com o título de Doutor Honoris Causa pela
Universidade Federal do Acre.
O presidente
Lula prestou homenagens em suas redes sociais, pela morte do médico. O sindicato
dos médios e governador Gladson Cameli, também prestaram homenagens nas redes sociais,
destacando seu elevado serviço prestado a sociedade acreana.
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