Ferramenta já recebeu 2.544 alertas de usuários
A plataforma
Celular Seguro, aplicativo do governo que bloqueia smartphones e aplicativos
digitais, em caso de perda, roubo ou furto do aparelho, ultrapassou a marca de
500 mil cadastros de usuários, até as 15h desta sexta-feira (22), portanto,
três dias após o lançamento feito pelo Ministério da Justiça e Segurança
Pública (MJSP), em parceria com a Agência Nacional de telecomunicações (Anatel)
e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
O app é
gratuito e pode ser acessado pelo site Celular Seguro do Ministério da Justiça
e Segurança Pública ou nas lojas de aplicativos online. No Google Play Store,
para celulares com sistema operacional Android, foram feitos 465.150 mil
downloads. Em aparelhos iPhone (sistema iOS) foram contabilizados 194 mil
downloads. Com isso, o aplicativo foi o mais baixado do país por dois dias
seguidos.
Ao todo, a
ferramenta recebeu 2.544 alertas de usuários referentes a perdas, roubos ou
furto de aparelhos, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública. O
secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli, declarou que esses números
demonstram confiança das pessoas nas ações do Ministério diante de problemas.
“Temos o
compromisso de resolver os problemas mais graves da população. É assim em
relação ao crime organizado, aos crimes violentos letais intencionais e também
no combate ao roubo e furto de celulares. Realizamos ações que impactam
positivamente o cotidiano da sociedade.”
Cadastro
O aplicativo
foi criado para prevenir o uso indevido de celulares roubados ou furtados, por
meio de notificações da situação de forma mais rápida das operadoras e
instituições bancárias e de crédito. Com apenas um clique, o usuário pode
preservar dados habitualmente armazenados nos celulares, como número de CPF e
senhas.
Para fazer o
cadastro o Celular Seguro, antes, o usuário deve acessar a própria conta no
portal Gov.br, com login do CPF e senha. Não há limite para o cadastro de
números, mas eles precisam estar vinculados ao CPF para que o bloqueio seja
efetivado.
A pessoa
cadastrada poderá indicar outras de sua confiança, que estarão autorizadas a
efetuar os bloqueios, caso o titular tenha o celular roubado, furtado ou
extraviado.
De acordo
com o MJSP, até a tarde de sexta-feira, 331.470 pessoas de confiança foram
incluídas.
Também é
possível que a própria vítima bloqueie o aparelho acessando o site por um
computador. Além disso, é possível acessar o aplicativo por meio de
navegadores, como o Google Chrome e o Microsoft Edge, e registrar a ocorrência,
de forma simples.
Bloqueio
Em um
processo simples, o cidadão poderá acionar os bancos e sua operadora telefônica
para o bloqueio do acesso remoto às contas e o sinal do aparelho. O bloqueio
não é imediato e pode variar conforme a instituição bancária, em até 24 horas
após o registro do sinistro.
Após o
registro de perda, roubo ou extravio do celular, os bancos que aderiram ao
projeto farão o bloqueio das contas.
De acordo
com a Febraban, o bloqueio dos aparelhos celulares, por meio dos códigos dos
IMEIs dos aparelhos, que funcionam como uma “impressão digital” única de cada
celular. Este número de identificação, IMEI, permite que as operadoras
identifiquem os aparelhos conectados à sua rede de telefonia móvel. O número
IMEI pode ser acessado no menu “Configurações” do aparelho e fica disponível na
aba “Sobre o telefone”. O número do IMEI aparecerá junto aos números de
telefone, modelo e série do aparelho. Outra forma de encontrar o IMEI do
celular é procurar na nota fiscal do aparelho ou na embalagem.
O corte das
linhas telefônicas, porém, entrará em vigor até fevereiro de 2024.
Para
conhecer as empresas que já aderiram ao aplicativo, o usuário pode conferir os
termos de uso da plataforma. Até o momento, já aderiram à iniciativa 12 bancos:
Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Santander, Itaú, Banco
Inter, Sicoob, XP Investimentos, Banco Safra, Banco Pan, BTG Pactual e Sicredi.
Recuperação
de dados
O Ministério
afirma que não há a opção de bloqueio temporário. Caso o aparelho seja
recuperado, o usuário terá que entrar em contato com a operadora de telefonia e
com os demais parceiros do Projeto Celular Seguro, como bancos e aplicativos,
para reativar seus acessos.
Fake news
Por fim, o
Ministério da Justiça e Segurança Pública alerta os donos de celulares para
fake news que estão sendo espalhadas na rede sobre o funcionamento do Celular
Seguro. Ele afirma que o governo federal não acessa nenhum dado que esteja no
telefone do usuário. Nem envia e-mails ou links para que o usuário acesse a
plataforma.
inf.via/AgênciaBrasil
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