O ministro Alexandre de Moraes destacou que o atendimento médico tem sido garantido a Roberto Jefferson, mesmo em prisão preventiva
O ministro Alexandre
de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a prisão preventiva do
ex-deputado Roberto Jefferson. A decisão nega novo pedido de liberdade
apresentado pela defesa do político, que alegava quadro debilitado de saúde,
com infecções hospitalares e depressão grave.
Os advogados
de Jefferson pediam a substituição da prisão por medidas cautelares
alternativas ou pela prisão domiciliar. Na decisão que negou o pedido, Moraes
ressaltou que diversos despachos judiciais garantem o acesso adequado aos
tratamentos de saúde.
No
entendimento de Moraes, não há qualquer fato novo para reverter a prisão
preventiva. Nesse sentido, ele destaca que a prisão de Jefferson foi
restabelecida após o descumprimento de medidas cautelares e descreve o
comportamento agressivo contra agentes públicos, “comportamento que demonstra
sua periculosidade, e não cessará com a mera entrega das armas de sua
propriedade”.
O episódio a
que Moraes se refere ocorreu em 23 de de outubro, quando agentes da Polícia
Federal foram até a casa do ex-parlamentar para cumprir uma ordem de prisão
determinada pelo ministro do STF. Na ocasição, ele atirou e lançou granadas
contra os policiais.
Denúncia
apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) aponta que a dinâmica dos
acontecimentos não deixa dúvidas quanto à intenção deliberada de Jefferson de
tentar matar os policiais federais, “a partir de um prévio planejamento de
confronto armado que poderia, inclusive, resultar em sua própria morte”.
Roberto
Jefferson resistiu à prisão com o uso de granadas e tiros de fuzil. A denúncia
apresentada pelos procuradores da República Charles Stevan da Mota Pessoa e
Vanessa Seguezzi considera que Jefferson “tentou matar 4 policiais federais,
com o emprego de explosivos e de meio que resultou perigo comum”.
“A
utilização das 3 granadas adulteradas conjugada com a realização de
aproximadamente 60 disparos de carabina na direção dos policiais, que se encontravam
em plena via pública, resultou óbvio perigo comum”, afirma a denúncia.
No confronto
com a Polícia Federal, um delegado e uma agente ficaram feridos por estilhaços
de uma granada lançada pelo político. Ambos foram levados para o hospital.
Moraes havia ordenado a nova detenção do ex-deputado, que já estava em prisão
domiciliar, após ele atacar verbalmente a ministra do STF Cármen Lúcia.
inf.via/metropoles
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