Acre

Moradores de bairro ilhado em Brasiléia temem fazer parte da Bolívia

por Jocivan Santos

Em Brasiléia, moradores temem fazer parte da Bolívia - devido a situação geográfica que pode ser definida com o isolamento do bairro Leonardo Barbosa, pelo apartamento da área, causado pela erosão e alagação do Rio Acre.

Moradores do bairro atingido pela maior alagação do município, que nesta quarta-feira, 28, chegou a marca dos 15,55 metros, dizem que o bairro está apartado, isolado do Brasil, vez que devido a alagação não conseguem voltar para o local, e que depois que as águas baixarem, não sabem se voltam para suas casas pela via terrestre.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), essa área no município é de 44 hectares, e fica na periferia de Brasiléia, com cerca de 1,1 mil morredores - segundo dados do município.

O comportamento do Rio Acre em relação a erosão no barranco, que pode deixar a área isolada do restante do país, vem deixando moradores preocupados, por conta da situação geográfica do bairro em relação ao Brasil e a Bolívia, que para muitos com o rompimento a área de 44 hectares, onde reside cerca 500 famílias - ficaria naturalmente do lado boliviano, sem acesso pela via terrestre ao lado brasileiro.

Moradores atingidos pela alagação do Rio Acre, que deixaram o local e se abrigaram em outros lugares, afirmam que temem o isolamento do bairro, tendo vista que a Bolívia pode reivindicar o lugar - levantando rivalidades históricas do passado na região.   

Para o Ministério de Relações Exteriores do Brasil, a fronteira entre os dois países (Brasil e Bolívia) não está sujeita a variações do curso do Rio Acre, e que recentemente os dois países estabeleceram novos marcos de fronteira na região.

Mesmo assim, a situação tem deixado moradores temerosos, pela possibilidade de ficarem isolados no lado boliviano pela via terrestre. 

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