por Agência de Noticias do Acre
A
operacionalização e a logística para a chegada de ajuda humanitária às
comunidades indígenas isoladas por conta das enchentes que assolam o Acre têm
sido um dos maiores desafios do governo do Estado. Para pactuar ações em
caráter emergencial para a entrega de donativos, uma força-tarefa foi realizada
nessa sexta-feira, 1, na Secretaria da Casa Civil, em Rio Branco.
O encontro
reuniu o governo do Estado com representantes das esferas públicas federal,
estadual e municipal na implementação de ações que busquem amenizar os impactos
sofridos pelas comunidades indígenas no estado que perderam ou tiveram a produção e o sustento
comprometidos.
“Toda essa
estrutura e levantamento de informações e o fluxo de necessidades serão
encaminhados para a Coordenadoria de Defesa Civil, para, a partir de então,
encaminharmos ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional e à
Secretaria Nacional de Defesa Civil, para providências no envio de apoio
técnico e logístico ao governo e às prefeituras”, disse o coordenador da Defesa
Civil, coronel Carlos Batista.
A ajuda
Os donativos
compreendem mais de três mil sacolões de cesta básica específicos para
comunidades indígenas, filtros de água e hipoclorito (por conta da contaminação
dos mananciais), kits de limpeza e de higiene pessoal, além de redes; tudo
viabilizado por uma logística de distribuição única do Estado, via exército
brasileiro.
“Temos feito
uma força-tarefa tanto aos indígenas em um contexto urbano, que hoje estão em
abrigos em Rio Branco, Brasileia, Jordão, como também nas seis terras indígenas
que foram atingidas pela enchente e perderam sua produção”, disse a secretária
extraordinária de Povos Indígenas, Francisca Arara.
Acesso
difícil
As aldeias
Mamoadate, localizada nos municípios de Assis Brasil e Sena Madureira, e dos Ashaninkas do Alto Rio Envira despontam
com a situação mais crítica entre os povos indígenas atingidos, por conta da
distância, isolamento e difícil acesso.
“O povo do
Iaco, o Mamoadate, abriga dois povos. Por conta da enchente, o acesso só seria
possível via aérea, mas estamos articulando para mobilizar o exército e
encontrar uma alternativa para enviar por Assis Brasil, para que chegue mais
rápido”, acrescenta.
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