A Comissão
de Defesa dos Direitos da Mulher já aprovou o projeto, que agora aguarda
análise e aprovação pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
(CCJ) antes de seguir para o plenário da Câmara. Se aprovado pela Câmara, o
projeto será enviado ao Senado.
O projeto,
de autoria do deputado Fred Linhares (Republicanos-DF), inicialmente previa
pena de um a dois anos de prisão, mas a relatora, deputada Dayany Bittencourt
(União-CE), dobrou a pena máxima e aumentou a pena mínima para dois anos.
O texto
prevê punição para quem “adulterar, alterar, criar, desenvolver, elaborar,
fabricar, manipular, preparar ou produzir fotos, vídeos ou áudios,
utilizando-se de sistemas de inteligência artificial, com o objetivo de causar
constrangimento, humilhação, assédio, ameaça ou qualquer outro tipo de
violência à mulher, no âmbito doméstico ou familiar”.
A proposta
surge em resposta a diversos casos de crimes envolvendo o uso de IA para criar
deepfakes. Em novembro de 2023, mais de 20 alunas do Colégio Santo Agostinho,
no Rio de Janeiro, foram vítimas de falsos nudes produzidos por outros
estudantes com o uso de IA, e casos semelhantes ocorreram no Colégio Marista
São Luís, em Recife.
Além de
estudantes, celebridades também foram alvo desse tipo de crime. A atriz Ísis
Valverde teve fotos suas manipuladas e divulgadas como se fossem reais em 2023.
Internacionalmente, a cantora Taylor Swift foi vítima de falsos nudes criados
por IA, visualizados mais de 47 milhões de vezes na rede social X.
Inf.via/AgênciaCâmara
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