por Redação
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Cinco homens foram assassinados durante a rebelião que durou mais de 24 horas |
O Ministério
Público do Estado do Acre (MPAC) ofereceu denúncia contra os detentos
envolvidos na rebelião ocorrida no Presídio Antônio Amaro Alves, em julho de
2023. O episódio, caracterizado na denúncia como um massacre, resultou na morte
de cinco presos e deixou ao menos três feridos, entre detentos e agentes de
segurança.
Os detentos
envolvidos já haviam sido denunciados pelo MPAC por integrarem uma organização
criminosa; agora, eles são acusados de homicídio qualificado, com as
qualificadoras de torpeza, crueldade, uso de recurso que dificultou a defesa
das vítimas e uso de armas de fogo de uso restrito.
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Presídio Antônio Amaro Alves / Rio Branco AC |
A denúncia,
apresentada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(Gaeco) e pela 6ª Promotoria de Justiça Criminal, destaca a brutalidade da
rebelião, cujo objetivo era tomar o controle da unidade prisional em favor da
facção criminosa dos acusados. Durante o episódio, três dos cinco reclusos
mortos foram decapitados. Em um dos casos, segundo as investigações, a
decapitação foi feita por colegas da facção da vítima, que foram forçados a
realizar o ato para demonstrar lealdade à nova ordem.
Além de
homicídio qualificado, o MPAC também denuncia os envolvidos por tentativa de
homicídio contra cinco policiais penais, sequestro qualificado e
constrangimento ilegal. Este último se refere à coação, sob ameaça de morte,
para que rivais dos denunciados trocassem de organização criminosa ou fizessem
confissões religiosas forçadas.
Entre os
denunciados estão os dois detentos que fugiram da Penitenciária Federal de
Mossoró em fevereiro deste ano, mas que já foram recapturados. A denúncia foi
apresentada à Segunda Vara do Tribunal do Júri.
inf.via/ascommpac
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