por Redação 14/02/2025 16:00
As eleições
municipais em Brasileia foram marcadas por articulações políticas intensas e
reviravoltas surpreendentes. O Partido Progressista (PP), que inicialmente era
liderado por Joelson Pontes, passou por mudanças estratégicas sob a influência
da então prefeita Fernanda Hassen. Joelson foi afastado, e Suly Guimarães,
chefe de gabinete de Fernanda, foi lançada como pré-candidata. Entretanto, Suly
não conseguiu conquistar o eleitorado, levando o PP a apostar em Carlinhos do
Pelado como candidato. O vice, porém, seguiu indefinido até os últimos
momentos.
Do outro
lado, a oposição era liderada por Leila Galvão (MDB), que contava com apoio
significativo, mas ainda precisava definir um vice. O Partido Liberal (PL),
inicialmente sob o comando da professora Blandina, esposa do vereador Zemar,
enfrentava dificuldades de aceitação para compor alianças. Em meio às disputas
internas, o sargento da reserva Amaral do Gelo assumiu a presidência do PL e tentou
negociar a vice com o MDB. Contudo, durante uma reunião, um ex-prefeito
minimizou a importância do cargo de vice, o que acabou afastando o PL dessa
possibilidade.
Diante do
desdém do MDB e das alianças políticas de bastidores, o senador Márcio Bittar
interveio e articulou a entrada do PL na chapa do PP com apoio do governador
Gladson Cameli. O resultado foi surpreendente: o PL, com Amaral do Gelo como
vice de Carlinhos do Pelado, consolidou a vitória e deixando Leila Galvão para
trás.
A Vitória
Amarga: PL Sem Espaço na Administração
Apesar da
reviravolta e do papel fundamental do PL na eleição, o partido se viu em uma
situação desconfortável após a posse. Não houve um acordo prévio sobre qual
secretaria municipal seria concedida ao PL. Como resultado, Amaral do Gelo, o
vice-prefeito, encontra-se sem um espaço adequado para atender a população,
utilizando salas emprestadas ou até mesmo fazendo atendimentos nas ruas.
A ética e a
lealdade devem ser os princípios norteadores de qualquer governo democrático.
No entanto, a falta de reconhecimento por parte de Carlinhos do Pelado tem
gerado questionamentos entre os aliados do PL. Afinal, sem os votos do partido,
a vitória do PP seria improvável. A lealdade e o compromisso assumidos durante
a campanha deveriam ser honrados, garantindo que todos os aliados fossem
respeitados e devidamente incluídos na administração pública.
Agora, a
pergunta que ecoa entre os correligionários é: por que Carlinhos tem tratado
Amaral do Gelo com tamanha indiferença? Será que a história se repetirá e o PL
sairá ainda mais enfraquecido das próximas disputas eleitorais? A política deve
ser exercida com transparência e respeito aos acordos firmados, pois a
confiança da população depende diretamente da integridade dos seus
representantes.
A situação
do PL em Brasileia deixa uma lição política clara: alianças devem ser feitas
com compromissos sólidos, ética e respeito mútuo. Para Amaral do Gelo e seus
aliados, a esperança é que Carlinhos do Pelado reconheça a importância do PL e
conceda o mínimo esperado: uma secretaria municipal para representar aqueles
que ajudaram a consolidar sua vitória. O respeito aos princípios éticos e à
lealdade política são fundamentais para fortalecer a democracia e garantir uma
gestão pública justa e eficaz.
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