por Redação 05/03/2025 13:17
Dom Joaquim Pertiñez destaca urgência na proteção ambiental e a necessidade de conversão espiritual frente às crises socioambientais.
“Não adianta
orar e esquecer o que ocorre ao lado, não adianta orar e esquecer a beleza da
criação”. Foi assim que o bispo da Diocese de Rio Branco, Dom Joaquim Pertiñez,
lançou, oficialmente, nesta quarta-feira, 5, a Campanha da Fraternidade 2025,
que tem como tema “Fraternidade e Ecologia Integral”.
Com o
lema: “Deus viu que tudo era muito bom”,
a Igreja Católica Brasileira, em 2025, busca reforçar a urgência da proteção
ambiental e a necessidade de conversão espiritual diante das crises
socioambientais, com o objetivo principal em promover em espírito quaresmal e
em tempos de urgente crise socioambiental, um processo de conversão integral,
ouvindo o grito dos pobres e da Terra.
Dom Joaquim
destacou a importância de abordar questões de interesse não apenas para a
Igreja, mas para toda a sociedade brasileira, enfatizando a necessidade de uma
ecologia integral, como sonhado pelo Papa Francisco durante o Sínodo da Amazônia,
que aconteceu no Vaticano em 2019.
“Nós, como cristãos, como católicos, também somos parte desta sociedade. E com este tema tão atual, tão recorrente, que é a ecologia, e tomando o fundamento o Sínodo da Amazônia, que aconteceu em 2019, o que o Papa pedia e sonhava era uma ecologia integral, com vários aspectos. Hoje, vemos nosso planeta, nossa Terra, vivendo por situações horríveis referentes ao meio ambiente, e a Igreja está preocupada, porque precisamos cuidar da nossa casa”, explicou o bispo.
Durante sua
fala, Dom Joaquim ressaltou que a campanha busca promover um processo de
conversão integral, ouvindo o clamor dos pobres e da Terra em um momento de
grave crise socioambiental. “Devemos dar uma resposta como Igreja e sociedade a
esses gritos”, afirmou, ressaltando a importância de uma mudança de mentalidade
e ação diante da degradação ambiental.
Cuidar da
‘casa comum’
A professora
Fátima Nascimento, representante da área do meio ambiente da Secretaria de
Estado de Educação e Cultura (SEE), esteve presente no evento de lançamento da
campanha, e expressou sua alegria em discutir o tema ambiental, ressaltando o
papel da Igreja em cuidar da “casa comum”, o meio ambiente. Ela lembrou que,
segundo a doutrina Católica, negligenciar a preservação do meio ambiente é
considerado um pecado ecológico.
“Temos a
obrigação de lutar por essa casa comum e cuidar dela”, declarou, enfatizando a
gravidade da degradação ambiental que afeta tanto o Brasil quanto o mundo.
A Campanha
da Fraternidade, que ocorre anualmente durante a quaresma, busca intensificar o
espírito de reflexão e conversão, convidando todos a se unirem em prol da
proteção do meio ambiente e da justiça social.
“Este ano
nos traz uma grande oportunidade de vivenciarmos a experiência de uma vida
nova”, concluiu Fátima, ao reiterar a conexão inseparável entre fé e a busca
pelos valores que constroem o Reino de Deus. Com um histórico de 61 anos de
campanhas, a Igreja já abordou temas ambientais nove vezes edições anteriores.
inf.via/agazetadoacre
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