por Ascom/pcac 03/07/2025 14:20
A Polícia
Civil do Acre (PCAC), por meio da Delegacia-Geral de Feijó, informa que está
conduzindo com prioridade e responsabilidade a investigação sobre a denúncia de
estupro feita pela turista chilena Loreto Belen.
A jovem
registrou boletim de ocorrência relatando ter sido vítima de violência sexual
durante uma vivência cultural na Aldeia Me Nia Ibu (São Francisco), do povo Huni
Kuî, no município de Feijó.
De acordo
com o delegado titular da unidade, Dione Lucas, após o registro do boletim de
ocorrência e apresentação de provas, como vídeo do suposto ritual, registros de
pagamento e sinais evidentes de lesões, a Polícia Civil representou de imediato
pela prisão preventiva do suspeito, o líder indígena Isaka Ruy. O mandado de
prisão foi deferido pelo Poder Judiciário e está em vigor.
“Assim que
tivemos elementos suficientes e consistentes apresentados pela vítima,
solicitamos a prisão preventiva do investigado, que foi prontamente acatada
pela Justiça. No entanto, enquanto aguardávamos a formalização do mandado, o
suspeito fugiu do local. Nossas equipes estão empenhadas em localizá-lo e
efetuar a prisão. Esperamos concluir a investigação até a próxima
quarta-feira”, explicou o delegado Dione Lucas.
A Polícia
Civil destaca que já vinha monitorando os passos do investigado e estava
próxima de efetuar a prisão, mas a divulgação pública do caso por parte da
vítima, compreensível sob o ponto de vista emocional, acabou por prejudicar
momentaneamente a ação policial, permitindo que o suspeito escapasse antes da
efetivação do mandado.
Loreto Belen
relatou que contratou e pagou por uma imersão cultural na comunidade indígena.
Durante a vivência, foi levada pelo suspeito para a mata sob o pretexto de
realizar um ritual específico, onde o abuso sexual teria ocorrido. Parte da
ação foi registrada por ela em vídeo, antes de ter o celular tomado e de ser
agredida e expulsa da aldeia. Com o apoio da Assistência Municipal para
Mulheres, ela procurou a delegacia e entregou os registros que embasaram o
pedido de prisão.
A PCAC
reforça seu compromisso com a apuração rigorosa dos fatos e com a
responsabilização de eventuais autores de crimes, assegurando que a
investigação segue em curso com prioridade e absoluto respeito à vítima, aos
trâmites legais e aos direitos de todos os envolvidos.
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