por Redação 03/11/2025 23:13
O Brasil alcançou resultados históricos no combate ao desmatamento em Unidades de Conservação (UCs) federais entre agosto de 2024 e julho de 2025, segundo dados do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Houve uma queda expressiva de 31% na Amazônia e 45% no Cerrado em comparação ao mesmo período do ano anterior. No total, foram registrados 134 km² de desmatamento nas UCs federais da Amazônia e 31 km² no Cerrado. Esses índices representam o menor valor já registrado para a Amazônia e o segundo menor para o Cerrado desde a criação do Inpe, em 2007.
Em
relação a 2022, a redução chega a 74% na Amazônia e 62% no Cerrado, sinalizando
a viabilidade do cumprimento da meta nacional de desmatamento zero até 2030. O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva celebrou o anúncio em postagem nas redes
sociais, atribuindo a conquista ao “trabalho sério do ICMBio e ao compromisso
do Governo do Brasil em zerar o desmatamento até 2030”. Ele destacou o papel
fundamental dos povos originários e comunidades tradicionais, que “há séculos
protegem e cuidam da floresta em seus territórios”. “Em poucos dias terá início
a COP30, onde o Brasil vai apresentar ao mundo uma Amazônia viva, diversa e soberana.
Lá, mostraremos que é possível cuidar da floresta garantindo dignidade e
oportunidade para quem vive e cuida dela”, escreveu Lula.
Diálogo com Comunidades
Tradicionais
Guiado
por essa visão, o presidente visitou comunidades na região, acompanhado pela
ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) e pelo ministro Paulo Teixeira
(Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar). No domingo (2/11), Lula e
ministras dialogaram com quilombolas na Comunidade Jamaraquá, uma das 26 da
Floresta Nacional do Tapajós, e na Aldeia Vista Alegre do Capixauã. Durante as
visitas, foram ouvidas reivindicações e anunciada a ampliação de acesso a
programas federais.
Papel Estratégico das Áreas Protegidas
Os
números reforçam o papel estratégico das UCs no enfrentamento da crise
climática. Esses ecossistemas preservados absorvem carbono da atmosfera,
armazenando-o na biomassa e no solo, o que evita a liberação de grandes
quantidades de gases de efeito estufa. A ministra Marina Silva (Meio Ambiente e
Mudança do Clima) enfatizou a importância das UCs para a proteção dos biomas
brasileiros e da biodiversidade. “Ao manter serviços ecossistêmicos —
estabilidade climática e regulação das chuvas —, as UCs beneficiam toda a
sociedade e a própria economia brasileira”, afirmou.
Fortalecimento das Unidades de
Conservação
O
governo retomou a política de fortalecimento das UCs federais, com a criação ou
ampliação de 14 áreas desde 2023, nos biomas Caatinga, Mata Atlântica, Amazônia
e Cerrado, além de zonas marinho-costeiras, totalizando cerca de 550 mil
hectares. No mesmo período, foram criadas 59 Reservas Particulares do
Patrimônio Natural (RPPNs). “Às vésperas da COP, a mensagem que levamos aos
chefes de Estado e à sociedade global é simples e firme: investir na criação,
ampliação e consolidação das Unidades de Conservação é uma das estratégias mais
eficazes para enfrentar a mudança do clima”, declarou Mauro Pires, presidente
do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Esses
avanços posicionam o Brasil como referência na preservação ambiental às
vésperas da COP30, demonstrando que proteção da floresta e desenvolvimento
sustentável podem andar juntos.
inf.via/juruá24horas





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