por Ascom/pmrb 23/04/2025 15:24
O prefeito
de Rio Branco, Tião Bocalom, participa, em Belém, no Palácio Antônio Lemos, do
encontro de prefeitas e prefeitos da Amazônia Legal, que discute pautas
relacionadas à COP30, marcada para acontecer em outubro deste ano, no Brasil.
O evento,
realizado nos dias 23 e 24 de abril, foi aberto pelo secretário nacional de
Meio Ambiente Urbano, Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental do Ministério do
Meio Ambiente e Mudança do Clima, Adalberto Maluf. Entre os temas abordados,
estão: “Perspectivas: As cidades amazônicas no centro da agenda do clima”,
“Planejamento urbano, adaptação e resiliência: soluções para as cidades
amazônicas”, “Financiamento de ações climáticas: desafios enfrentados pelos
municípios”, além da apresentação da Iniciativa de Boas Práticas em Gestão
Ambiental Urbana nos Municípios da Amazônia Legal.
Durante o
encontro, o prefeito Tião Bocalom voltou a defender, como já fez em eventos
internacionais como o realizado na Escócia, que a preservação do meio ambiente
deve estar alinhada ao bem-estar das populações que vivem na Amazônia.
“Sabemos que
pessoas que moram em comunidades isoladas, como em Santa Rosa do Purus, no
Acre, quando adoecem, muitas vezes precisam ser transportadas em redes, durante
dias, de barco e a pé, até chegarem a uma unidade de saúde. E, se infelizmente
falecem, algumas vezes são enterradas no caminho. Fala-se muito em proteger a
floresta para atrair recursos dos países ricos, mas é necessário lembrar que há
seres humanos vivendo nela”, destacou Bocalom.
Segundo ele,
o discurso humanizado tem ganhado espaço entre gestores e lideranças, sendo
inclusive reproduzido por outros prefeitos durante o encontro. Tião Bocalom
está acompanhado da secretária municipal de Meio Ambiente, Flaviane Stedille.
Em entrevista à imprensa, o prefeito apresentou algumas das boas práticas ambientais
de sua gestão, como:
– A
recuperação de 23 hectares de Áreas de Preservação Permanente (APPs), com o
plantio de mais de 15 mil mudas de árvores;
– A
desobstrução do Igarapé São Francisco, em 2023 e 2024, após 20 anos sem
intervenções;
– O fim da
política de multas por queimadas urbanas, substituída por ações de educação
ambiental;
– A redução
do número de queimadas nas zonas urbana e rural — de mais de 2.700 em 2020 para
menos de 712 em 2024 — com o apoio da mecanização agrícola e a coleta regular
de resíduos em áreas residenciais;
– A
recuperação de espaços importantes como o Horto Florestal, o Parque Capitão
Ciríaco (único seringal nativo urbano da Amazônia) e o Parque Chico Mendes, que
abriga diversas espécies da fauna amazônica em cativeiro.
O prefeito
também destacou os avanços no saneamento básico. Segundo ele, Rio Branco está
saindo de apenas 2,2% de esgoto tratado para alcançar 42% até o final de 2025.
A cerimônia de abertura contou ainda com a presença de autoridades como Paulo
Rocha, superintendente da SUDAM; Bettina Cadenbach, embaixadora da Alemanha no
Brasil; e Vanessa Grazziotin, diretora executiva da OTCA (Organização do
Tratado de Cooperação Amazônica).
0 comments:
Postar um comentário