por Ascom/fecomércio/ac 02/12/2025 10:23
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| foto:divulgação |
Pesquisa da
Fecomércio/AC aponta redução consistente entre setembro e dezembro, apesar de
altas expressivas em itens como feijão e farinha.
O custo da
Cesta Básica de Alimentos para famílias de baixa renda na capital acreana
registrou uma redução de 6,14% no período de setembro a dezembro de 2025,
conforme pesquisa divulgada pela Fecomércio/AC nesta terça-feira, 2. A variação
representa um alívio para o poder de compra da população de baixa renda.
O estudo,
que avalia os preços de varejo de 15 produtos alimentícios em supermercados
locais, mostra que o custo médio da cesta ficou em R$ 671,81, com uma variação
entre R$ 635,81 (o menor preço) e R$ 717,83 (o maior preço), dependendo do
estabelecimento comercial. A pesquisa considera a quantidade de alimentos
necessária para sustentar uma família de até três adultos ou dois adultos e
duas crianças por um mês.
A queda não
foi apenas no acumulado do trimestre, mas também no comparativo mensal, entre
novembro e dezembro, houve uma redução de 5,23% no custo total da cesta básica.
De acordo
com o assessor da presidência da Fecomércio-AC, Egídio Garó, a queda consistente
é um indicador positivo, mas que deve ser analisado com atenção à volatilidade
de itens específicos. “A redução acumulada é uma boa notícia para o poder de
compra das famílias mais vulneráveis. Porém, o cenário exige cautela, pois
carne, leite e tomate registraram queda, enquanto feijão e farinha tiveram
altas expressivas, revelando a fragilidade do quadro", analisou.
A principal
contribuição para a redução do custo total veio de itens de peso no orçamento
doméstico. A carne (coxão mole) teve uma redução de 2,18% apenas de novembro
para dezembro, acumulando alta de 5,93% no trimestre. Outros destaques na queda
foram o leite (-13,73% no mês; -17,39% no trimestre), o tomate (-35,48% no mês;
-35,04% no trimestre) e o café em pó (-20,21% no mês; -19,37% no trimestre). O
macarrão também registrou forte queda mensal de 27,72%.
Por outro
lado, alguns produtos essenciais seguiram trajetória oposta e registraram
aumentos consideráveis, especialmente entre novembro e dezembro. O
feijão-carioca subiu 25,08% no último mês, acumulando alta de 19,43% desde
setembro. A farinha de mandioca aumentou 22,53% em dezembro frente a novembro,
com alta trimestral de 24,47%. O óleo de soja e os biscoitos também tiveram
altas de 2,49% e 16,23%, respectivamente, no mês.
Garó
explicou que esses itens seguem tendência nacional. “Produtos como feijão e
farinha são muito sensíveis a fatores climáticos e logísticos. Por isso, mesmo
em um cenário de desaceleração geral, ainda aparecem como vilões em alguns
meses específicos”, finalizou.




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