por Agência Brasil 19/12/2025 21:39
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| Foto: Diego Gurgel/Secom |
A Segunda
Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu nesta sexta-feira (19) anular parte
da apuração da Polícia Federal (PF) que investigou o governador do Acre,
Gladson Cameli.
Com base nas
acusações, o governador virou réu no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pelos
crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e fraude a licitação.
A acusação
envolve o suposto desvio de recursos públicos por meio de empresas que tinham contrato
com o governo estadual.
De acordo
com as investigações da PF, as empresas contrataram outras firmas, que tinham
familiares do governador como sócios e realizavam os desvios. Cerca de R$ 11
milhões teriam sido desviados, conforme a investigação.
Votos
O colegiado
formou placar de 4 votos a 1 para aceitar recurso da defesa e reconhecer que
houve irregularidades na apuração contra o governador. A votação virtual foi
concluída hoje.
Os advogados
alegaram que a investigação foi marcada pela requisição irregular de relatórios
do Coaf e outras medidas sem autorização judicial.
Prevaleceu
no julgamento o voto de Mendonça. O ministro citou que as irregularidades
ocorreram no início das investigações, quando foram solicitados pela PF relatórios
financeiros do Coaf.
As suspeitas
começaram a ser investigadas em 2019. Somente nos anos seguintes, o caso foi
enviado ao STJ, tribunal responsável pelo julgamento de governadores.
“Dou
provimento parcial ao recurso para reconhecer, no tocante ao paciente, a
usurpação da competência do STJ nas investigações realizadas entre 25/05/2020 e
12/01/2021. Assim, voto para declarar a nulidade das provas produzidas contra o
paciente e encartadas no período, bem como das provas delas diretamente
derivadas”, votou Mendonça.
O
entendimento foi seguido pelos ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Nunes
Marques, que, apesar de seguir os demais colegas, apresentou uma divergência.
O ministro
votou para retirar do processo o relatório de inteligência do Coaf, mas não
anulou parte da investigação.
O relator,
Edson Fachin, ficou vencido e votou contra o recurso da defesa do governador.
Julgamento
Em paralelo
ao recurso da defesa no STF, a Corte Especial do STJ iniciou na quarta-feira
(17) o julgamento da ação penal contra o governador.
No voto
proferido durante a sessão, a ministra Nancy Andrighi, relatora, votou pela
condenação de Cameli a 25 anos de prisão e ao pagamento de R$ 11 milhões de
indenização. A ministra também determinou que o governador deve perder o cargo.
Em seguida,
o ministro João Otávio de Noronha pediu vista do processo.
Devido ao
recesso de fim de ano, o julgamento será retomado em 2026.
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Pelas redes sociais, o governador Gladson Cameli se manifestou sobre a decisão do STF ocorrida na noite desta sexta-feira, e disse confiar na justiça dos homens, mais principalmente na justiça de Deus.






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