Jair Messias Bolsonaro (PSL), 63, tomou posse como o 38º
presidente do Brasil às 15h15 desta terça-feira (1º), em cerimônia no Congresso
Nacional, para o mandato entre 2019 e 2022. Emocionado, ele acompanhou a
execução do Hino Nacional antes de fazer o juramento constitucional e assinar o
termo de posse. Em seguida, fez seu primeiro discurso no novo cargo.
Às 16h35, teve início o cerimonial rumo ao Palácio do
Planalto. Após descer a rampa do Congresso ao lado dos presidentes do Senado,
Eunicio Oliveira (MDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Bolsonaro ouviu
novamente o Hino e passou as tropas em revista. Às 17h01, após subir a rampa do
Planalto acompanhado da primeira-dama. Michelle, do vice, Hamilton Mourão e da
mulher dele, Paula, Bolsonaro recebeu a faixa presidencial das mãos do agora
ex-presidente Michel Temer (MDB.
Na Praça dos Três Poderes, milhares de pessoas se agitaram
com a presença do novo presidente ao som de "o capitão chegou", entre
outros cantos. A primeira-dama também tinha seu nome bastante exaltado pelos
presentes. A ode à família Bolsonaro se confundiu com vaias a Temer. De dentro
do Palácio, porém, os convidados presentes batiam palmas e gritavam o nome do
emedebista. Após subir a rampa do Planalto e ser anunciado pelo
mestre-de-cerimônias como presidente da República, Jair Bolsonaro foi bastante
aplaudido pelos convidados no salão nobre aos gritos de "mito".
vista. Às 17h01, após subir a rampa do
Planalto acompanhado da primeira-dama. Michelle, do vice, Hamilton Mourão e da
mulher dele, Paula, Bolsonaro recebeu a faixa presidencial das mãos do agora
ex-presidente Michel Temer (MDB.
Discurso no Congresso
contra "submissão ideológica"
Bolsonaro chegou ao Congresso pouco antes das 15h e, assim
que cumprimentou os colegas, foi celebrado pelos parlamentares presentes na
casa, que gritaram: "É nóis aqui!". Dezenas de celulares de
autoridades --entre eles os filhos de Bolsonaro-- registravam a posse.
O presidente discursou por cerca de 10 minutos e afirmou que
sua missão é livrar país da corrupção e da submissão ideológica.
"Aproveito este momento solene e convoco, cada um dos Congressistas, para
me ajudarem na missão de restaurar e de reerguer nossa Pátria, libertando-a,
definitivamente, do jugo da corrupção, da criminalidade, da irresponsabilidade
econômica e da submissão ideológica", declarou o novo presidente.
“A irresponsabilidade nos conduziu à maior crise ética,
moral e econômica de nossa história. Hoje começamos um trabalho árduo para que
o Brasil inicie um novo capítulo de sua história”.
Presidente Jair Bolsonaro
Após o discurso no Congresso, ele segue para o Palácio do
Planalto, onde subirá a rampa e receberá a faixa presidencial de Michel Temer
--esta é a única vez em que Temer usará a faixa publicamente desde que assumiu
o cargo, em 2016. Temer não deve descer a rampa do Planalto. Segundo a
assessoria, ele deixará o local por meio de elevador privativo, seguindo o
protocolo.
Aplausos, entusiasmo
e "chupa PT".
Na Praça dos Três Poderes, onde a população acompanhava a
cerimônia, no momento em que o termo de posse foi assinado, houve gritos de
"chupa PT", em meio à impaciência pela demora no ato. O público
vibrou quando Bolsonaro foi chamado pela primeira vez de "excelentíssimo
presidente da República", por Eunício Oliveira (MDB-CE), presidente do
Senado. Ao fim do discurso, milhares gritaram repetidamente "mito",
apelido pelo qual ele ficou conhecido entre seus apoiadores.
No Planalto, os convidados no salão nobre acompanharam
atentamente a chegada de Bolsonaro à Esplanada e ao Congresso. Ao longo do
discurso, como quando falou da necessidade de uma reforma da Previdência,
Bolsonaro foi aplaudido de forma entusiasmada pelos presentes.
Após o discurso, Flávio Bolsonaro disse ao UOL não saber se
a família se reunirá para comemorar após todas as cerimônias desta terça.
"Quem sabe a gente vai à pizzaria e toma um chope?", respondeu. A
família deve regressar para a Granja do Torto, residência oficial de onde o
comboio partiu no começo dos eventos da posse.
Carro aberto Antes de ser oficialmente empossado, Bolsonaro
optou por desfilar em carro aberto em seu cortejo entre a Catedral de Brasília
e o Congresso Nacional, acompanhado da primeira-dama, Michelle, e o filho
Carlos Bolsonaro.
A família deixou a Granja do Torto por volta das 14h20,
seguindo para a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida. As placas dos
veículos que integravam o comboio tinham a palavra "PAZ", mais os
números de identificação. Ao chegar, Bolsonaro fez o sinal da cruz e seguiu
para o Rolls Royce presidencial.
A confirmação de que Bolsonaro desfilaria em carro aberto
foi feita apenas no momento do embarque --não se sabia se o presidente eleito
optaria pelo carro fechado por questões de segurança.
Presente no carro, Carlos é o segundo filho mais velho de
Bolsonaro e foi o primeiro dos descendentes a entrar para a política --
candidatou-se e foi eleito vereador do Rio com apenas 17 anos, cargo que ocupa
hoje pelo PSC-RJ.
Durante o trajeto até o Congresso, um dos cavalos dos
Dragões da Independência se assustou com a multidão que acompanhava o cortejo e
precisou ser retirado da frente do carro oficial.
Ao passar pela Esplanada dos Ministérios, Bolsonaro deixou
os apoiadores em ebulição. Pessoas subiram em árvores e qualquer som de sirene
gerava correria. O tema mais comentado nas conversas era se o presidente
desfilaria em carro aberto.
Na hora em que Bolsonaro surgiu, houve celebração. Após a
passagem do cortejo, as pessoas saíram correndo pelo gramado acompanhando o
carro. "É o mito", justificava um homem.
"Mudar o destino
do nosso Brasil"
Minutos antes de deixar a Granja do Torto para a cerimônia
de posse, Bolsonaro divulgou um vídeo em que pede que a população mantenha o
seu "imprescindível apoio" para "mudar o destino do nosso Brasil".
"Quero, em primeiro lugar, agradecer a Deus por estar
vivo. E, depois, a você, cidadão brasileiro, pelo apoio e pela confiança em
nosso trabalho. Nós pretendemos, sim, mudar o destino do nosso Brasil. Mas,
para tanto, precisamos continuar tendo o seu imprescindível apoio", disse
Bolsonaro no vídeo publicado em suas redes sociais.
Via - portal UOL
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