Redação - O Acre Notícia, 20 de maio 2019
foto: Odair Leal
Missão
internacional está no Acre para avaliar projetos executados na área
socioambiental e planejar novas iniciativas para o futuro
O governador
do Acre, Gladson Cameli, recebeu na manhã desta segunda-feira, 20,
representantes do Banco de Desenvolvimento Estatal Alemão KFW, da Agência Alemã
de Cooperação Internacional (GIZ), da Embaixada Alemã e do Governo do Reino
Unido para avaliar os projetos executados na área socioambiental com foco no
desenvolvimento sustentável e planejar novas ações que serão executadas nos
próximos anos.
Durante sua
fala, Cameli afirmou que o Acre vive um novo momento de sua história. Com foco
na geração de emprego e renda, o governador descartou qualquer possibilidade
que associe sua gestão ao desmatamento ilegal. Cameli foi categórico ao dizer
que é possível alcançar a prosperidade econômica por meio do agronegócio sem
derrubar a floresta.
Atualmente,
o Acre possui 87% de sua cobertura vegetal intacta. Está entre os Estados
brasileiros que mais preserva suas florestas. Gladson explicou que é preciso
aproveitar as áreas que já estão abertas e utilizar a tecnologia para ampliar e
fortalecer a produção agrícola.
“Nosso
Governo não é a favor que se acabe com a floresta e não trabalhamos com essa
possibilidade. Queremos usar o potencial que nós já temos para que possamos nos
tornar um Estado produtivo, que gere emprego e renda para o nosso povo. A
continuidade desta parceria vai ser fundamental para que possamos alcançar esse
objetivo”, argumentou.
Segundo o
delegado da Cooperação Internacional da Embaixada Alemã, Simon Triebel, 400
milhões de euros(R$ 1,8 bilhão) serão aplicados na preservação das florestas
tropicais e o Acre terá prioridade para o recebimento de parte destes recursos.
“Esta
cooperação com o Acre é muito importante para nós e esta mudança de governo é
uma boa oportunidade para uma avaliação. Estamos aqui para fazer isso e avançar
em quatro áreas de nosso interesse. A primeira delas é a preservação da
floresta, o uso sustentável, o combate ao desmatamento ilegal e liberar
financiamentos que contribuam com o desenvolvimento local”, destacou.
“Para nós, o
que mais interessa nisso tudo é o impacto transformador que isso tem na vida
das pessoas e poder aplicar estas experiências em outros lugares. Queremos
continuar no alinhamento dessas agendas, temos interesse em aprimorar esta
parceria e também estamos aqui para aprender”, explicou a gerente de projetos
São Paulo-Reino Unido, Katerina Trostman.
Somente nos
últimos cinco anos, o Acre assinou contratos na ordem de 25 de milhões de euros
(R$ 115 milhões) para o fortalecimento da proteção ambiental e projetos
voltados para mudanças climáticas. Muitos destes convênios foram mal elaborados
e mal aplicados pela antiga gestão e não cumpriram com o seu verdadeiro
propósito original.
Para o
presidente do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), Carlito Cavalcante, o
retorno do órgão para a estrutura governamental será fundamental para a
prosseguir e aperfeiçoar os programas internacionais.
“Esperamos
um novo impulso para ganharmos celeridade internamente e já estamos resolvendo
problemas que estavam pendentes, como a volta do IMC e estamos confiantes nas
implicações positivas que isso trará no encaminhamento deste arsenal
institucional necessário ao bom desenvolvimento dos programas”, pontuou.
Programas
REDD Early Movers
O programa
REDD Early Movers é implementado no âmbito do Sistema Estadual de Incentivos a
Serviços Ambientais (Sisa), que organiza de forma jurisdicional as atividades
de compensação por boas práticas ambientais.
O Programa
fornece pagamentos baseados em desempenho de redução de emissões de
desmatamento verificadas, conduzindo um projeto piloto de REDD+ de acordo com
as decisões assumidas na Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do
Clima (CQNUMC).
O primeiro
acordo assinado com o Acre foi em junho de 2012, quando o programa foi lançado
na Conferência Rio+20, se tornando o primeiro estado a receber financiamento
baseado em resultados de redução de emissões verificadas. Em 2013 e 2014, foram
desenvolvidos acordos, respectivamente, com o Equador e a Colômbia.
via-jornalatribuna
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