Por Redação - O Acre Notícia, 05 de junho 2019
Ministro da
Justiça participou de encontro sobre combate à pirataria, em Brasília.
Secretário Nacional do Consumidor diz que compras ilegais podem financiar
atividades criminosas.
O ministro
da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, disse nesta quarta-feira (05) que
organizações criminosas dominam o mercado pirata no país.
Moro
discursou sobre o tema na abertura do II Encontro Nacional de Combate à Pirataria
e a Crimes Correlatos, em Brasília.
"Quantas
vezes policiais em investigações de tráfico de drogas já ouviram comunicações
de traficantes dizendo que iam fazer uma carga de cigarro para capitalizar para
depois traficar cocaína, outras drogas mais pesadas. Então hoje tem um mercado
e esse mercado pirata é dominado normalmente por grandes organizações
criminosas e violentas", afirmou o ministro.
O encontro
reúne representantes de diversos órgãos de fiscalização à pirataria, como a
Receita Federal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e o Ministério da
Justiça e Segurança Pública, e debate temas como o combate à falsificação,
contrabando, furto de sinais audiovisuais, pirataria digital, marcas e
patentes.
Ainda
segundo o ministro, o crime organizado atua na produção e comercialização dos
produtos piratas.
"Não
podemos ignorar o papel que o crime organizado tem nessas linhas de produção e
comercialização de produtos piratas. Aquela visão antiga de que um pequeno
criminoso atuando nesse mercado para ganhar sua vida, claro que até acontece de
pessoas da ponta, as vezes sem oportunidade que acabam recorrendo a esses
mercados ilegais, mas existe toda uma linha de produção e comercialização por
trás que não envolve pequenos criminosos, pelo contrário, envolve grandes
criminosos", explicou.
Prejuízo
De acordo
com o secretário Nacional do Consumidor, Luciano Timm, o consumidor precisa ter
a percepção de que o "barato sai caro" e que compras ilegais podem
financiar atividades criminosas.
"Realmente
num momento de crise econômica a sensibilidade a preço fica maior. Mas temos
que ter a percepção de que o barato pode sair caro no sentido de qualidade e de
financiamento de outras atividades que depois se voltam contra ele. Hoje, a
atividade criminosa se tornou uma atividade empresarial complexa, organizada e
essas pequenas transgressões no final do dia podem ter um prejuízo bastante
grande", disse.
Segundo
Timm, a pirataria causa um prejuízo estimado de R$ 20 bilhões ao país.
"Não
temos um número exato, justamente é uma atividade ilícita, então nós valemos de
estimativas, mas tranquilamente podemos dizer que passa de 20 bilhões",
explicou.
via-G1
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