Por redação - O Acre Notícia, 05 de julho 2019
Somente após
as agressões, policiais checaram que o jovem não tinha passagem pela polícia.
Boletim de ocorrência foi registrado.
Um jovem de
17 anos teve vários hematomas após ser espancado no fim de semana em Cruzeiro
do Sul. O pai do menor, Edercarlos Souza, de 42 anos, afirma que seu filho
estava caminhando com um amigo perto de sua casa, quando foi abordado por uma
equipe da PM.
Neste
momento, os dois foram submetidos a uma revista pessoal e, pelo menos, 15
minutos de agressões, segundo a denúncia. As agressões teriam começado com
pauladas e chicotadas que deixaram marcas nas costas dos dois jovens.
O G1 tentou
ouvir a PM sobre as acusações, mas foi informado, pelo assessor de comunicação,
Robson Belo, que o comandante está tomando conhecimento do caso e vai se
posicionar apenas na segunda-feira (8).
“Eles
[policiais] mandaram eles deitarem no chão e saíram rastejando por baixo da
viatura. Depois disso, começaram a espancar eles dois. Bateram neles por uns 15
minutos com pedaços de madeira e uma espécie de cordão. Só depois do
espancamento, pegaram o nome deles e viram que não tinham passagem pela polícia
e liberaram”, disse Souza.
O pai conta
ainda que os jovens afirmaram que um policial teria os ameaçado, caso
denunciassem a equipe.
“Teve um que
falou que, se quisesse dar parte, podia dar, mas eles iam entra na minha casa e
sabe Deus o que ia acontecer com ele. Mas, fui na delegacia e depois disso eles
já vieram aqui, buzinaram na frente e meu filho olhou pela janela e saiu por
trás, eles rodearam a casa e foram embora. Nesse dia, eles vieram mais de uma
vez”, conta o pai.
Souza afirma
que seu filho nunca teve envolvimento com crimes e disse que o filho está
traumatizado e com medo até de ir para a escola.
“Meu menino
passou a semana inteira sem ir para a aula, foi ontem [quinta, 4] porque fui
deixar ele. Queria que as autoridades tomassem providências para que eles
parassem de, pelo menos, rondar a minha casa, porque meu filho não tem passagem
pela polícia e não deve nada”, afirma Souza.
G1/AC
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