Por redação - O Acre Notícia, 13 de julho 2019
Um
levantamento da Superintendência de Transportes e Trânsito de Rio Branco
(RBTrans) revelou
que nos
primeiros seis meses do ano foram registradas 94 ocorrências de assaltos dentro
dos ônibus da capital acreana.
Os números,
divulgados em uma reportagem da Rede Amazônica, deixa os usuários assustados e
inseguros.
“Morro de
medo. Morro de medo de ser assaltado”, revelou Wellington Nobre enquanto espera
o coletivo no Terminal Urbano, no Centro de Rio Branco.
A dona de
casa Maria Cruz também se sente insegura e pediu proteção a Deus. “Só vemos
assaltos dentro dos ônibus. Nunca fui vítima, Deus me defenda”, pediu.
Os
criminosos se passam por passageiros e embarcam no Terminal Urbano. Durante o
percurso, se levantam, rendem os passageiros e motoristas e anunciam o assalto.
Segundo o presidente do Sindicato dos Motoristas, Francisco Leite, os
condutores trabalham com medo.
“Estamos
preocupados com isso”, argumentou.
Reunião
Diante da
preocupação, foi marcada uma reunião com as forças de Segurança Pública e
órgãos ligados ao setor para montar uma estratégia de para usuários e
motoristas do coletivo.
“Tentar um
enfrentamento a essa modalidade. Ficou claro que tínhamos uma estratégia, mas
ao que parece foi observada também pelo mundo do crime, que alterou a forma de
agir. Identificamos esse modus operandi e hoje estamos buscando nova forma de
tentar combater essa agressão contra a sociedade”, explicou o superintendente
da RBTrans, Nélio Anastácio.
O comandante
operacional da Polícia Militar do Acre, tenente-coronel Atahualpa Ribera, falou
da dificuldade de combater esse tipo de crime no estado acreano.
“Os números
não aumentaram tanto, mas pulverizou. Então, essa é uma das dificuldades e
temos uma estratégia também de pulverizar o policiamento. Sai, exatamente, para
todas as regionais, logicamente com aquela dedicação maior onde temos um leve
aumento”, contou.
Proposta
Já o
secretário-adjunto da Segurança Pública, coronel Ricardo Brandão, propões na
reunião que as câmeras internas dos ônibus sejam monitoradas pelo Centro
Integrado de Operação em Segurança Pública (Ciosp), o que permite uma ação mais
efetiva da Polícia Militar durante as ocorrências.
“Cerca de
60% dos ônibus possuem câmeras unicamente para fim de controle da empresa. O
Ciosp finda não tendo acesso às câmeras. A proposta que sejam colocadas câmeras
mais modernas, blindadas e com acesso instantâneo ao Ciosp, para que uma vez
estando ocorrendo o evento nós da Segurança Pública possamos estar presenciando
e deslocar todo aparato policial para fazer a repreensão necessária”,
complementou.
G1/AC
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