Por redação - O Acre Notícia, 11 de Outubro 2019
Centenas de
indígenas chegaram a Quito nesta sexta-feira (11). Lideranças pedem retomada da
política de subsídios a combustíveis.
Manifestantes
entraram mais uma vez em confronto com forças de segurança nesta sexta-feira
(11), o nono dia de protestos no Equador contra o presidente de Lenín Moreno.
Centenas de indígenas chegaram a Quito para intensificar a pressão contra o
governo.
A
Confederação das Nacionalidades Indígenas (Conaie) – que lidera parte das
manifestações – enviou nesta sexta-feira uma carta ao governo em que pede a
retomada da política de subsídios aos combustíveis e o fim da repressão.
Entretanto,
houve mais violência na capital, sobretudo após manifestantes ocuparem a Casa
de Cultura gerida pelo governo e universidades de Quito. Policiais usaram
bombas de gás lacrimogênio para conter manifestantes. Há imagens de pessoas
feridas – entretanto, não há atualização do número de feridos.
A polícia
equatoriana denunciou a Conaie por supostamente ameaçar os agentes de segurança
caso não deixassem o cerco ao Parlamento – cujo prédio chegou a ser invadido
dias antes.
A Defensoria
do Povo do país afirma que cinco pessoas – entre elas um líder indígena –
morreram desde o início das manifestações. O governo do Equador, porém, diz que
houve dois mortos.
Por causa da
violência no Equador, a banda Scorpions cancelou um show que faria neste sábado
em Quito. "Devido à atual situação no Equador e ao aumento dos protestos
nos últimos dias, o show foi cancelado, para garantir a segurança de fãs, da
banda, dos equipamentos e da casa", disse o grupo em comunicado.
O Equador
está desde 3 de outubro sob estado de exceção – medida que deu a Moreno a
prerrogativa de convocar forças armadas para conter as manifestações contra o
fim da política de subsídios e o aumento de 123% nos combustíveis. Além disso,
o governo transferiu a sede de Quito para Guayaquil, cidade litorânea mais
distante do epicentro dos protestos.
A medida faz
parte de um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para obter um
crédito de US$ 4,2 bilhões – equivalente a cerca de R$ 17,2 bi.
(G1)
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