De forma geral, os focos decorrem de ações humanas, começam a partir das 11 horas da manhã e vão até a noite
No último
final de semana, foram registrados 90 ocorrências de focos de incêndio em Rio
Branco, pelo Corpo de Bombeiros. No Acre, foram 104 ocorrências ao todo, os
números correspondem aos casos desde sexta-feira, 27, até domingo, 29. Sem
previsão de chuvas para os próximos dez dias, a situação preocupa as
autoridades. Enquanto a Secretaria de Meio Ambiente trabalha na fiscalização e
monitoramento dos casos, o Corpo de Bombeiros lida com o déficit de equipe para
atender as várias ocorrências simultâneas.
Um dos casos
foi o incêndio no Loteamento Hárpia, em frente ao Parque Zoobotânica da Ufac,
que começou no sábado e durou até o último domingo. “Estou muito apreensivo com
tudo o que ainda vai acontecer na cidade. Extremamente preocupante e tem horas
que a gente se sente impotente para minimizar essas questões”, afirmou o
secretário municipal de Meio Ambiente, Normando Sales, sobre os casos notificados
no último final de semana.
O tenente
Freitas Filho, do Comando Operacional do Corpo de Bombeiros, explica que, neste
período, eles têm recebido muitas ocorrências simultâneas e de alta
complexidade. De forma geral, os focos decorrem de ações humanas, começam a
partir das 11 horas da manhã e vão até a noite. As ocorrências são tanto na área
urbana quanto na área rural.
“É muito
difícil a gente dar resposta a todas as ocorrências porque o quantitativo de
guarnições aqui na capital é insuficiente. É uma atividade bastante penosa, a
gente está sem margem para reforço das guarnições. Como as ocorrências são
muito desgastantes, a gente tem uma limitação para entregar os militares, pois
é uma atividade de alto risco também”, relata o tenente.
Com a alta
demanda, o Corpo de Bombeiros adota a ordem de chamada das ocorrências, mas
também os riscos de gravidade de cada caso, como risco de vida, danos
ambientais e riscos ao patrimônio. A corporação está buscando parcerias com
outros órgãos para fiscalizar e evitar a propagação de incêndios.
“Além disso,
a gente está buscando articular com outros órgãos para trabalhar as
capacitações nas regiões um pouco mais distantes da cidade, para que as pessoas
possam ajudar a dar uma primeira resposta e evitar que esses incêndios se
propagarem”, complementa Freitas.
Normando
Sales reforça a necessidade de conscientização da população. “A pessoa que faz
uma queimada no terreno dela cria um problema para outras pessoas e para ela
própria e a família dela, é muito delicado. Não é possível a gente continuar vivendo
e convivendo com essa prática que prejudica todos nós”, pontua.
(agazetadoacre)
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