por Redação
foto: arquivo pessoal |
Aleksandra Shogenova, 27 anos, foi importunada sexualmente por homem que falou sobre suas partes íntimas nas redes sociais. Influenciadora vive no Acre há cerca de dois anos e faz sucesso ao mostrar cotidiano no estado de forma humorada.
Vivendo há
cerca de dois anos no Acre, a influenciadora russa Aleksandra Shogenova, de 27
anos, abriu um boletim de ocorrência contra um seguidor por importunação
sexual. Ela contou que o homem em questão teria feito um comentário citando
suas partes íntimas.
Aleksandra
tem mais de 272 mil seguidores no Instagram e contou ao g1 que ao receber essa
mensagem, pediu para seu marido traduzir. Ao entender do que se tratava, se
sentiu muito mal e o esposo sugeriu que ela registrasse a ocorrência.
"A
gente fez o boletim, com o perfil do rapaz [redes sociais] ele é aqui da
cidade. Ele já foi identificado, vai ser ouvido e pode responder criminalmente
por importunação sexual. Eu tenho mais de 30 fotos com comentários desse tipo,
com fotos e vídeos. Coloquei junto com o comentário dele e entreguei tudo para
a polícia", afirma.
A
influenciadora diz que fez o registro de ocorrência na última terça-feira (23).
O homem mora em Rio Branco, na mesma cidade onde ela mora atualmente.
O esposo
explicou que a russa tem medo após ter entrado em um carro de aplicativo e o
motorista, após a corrida, mandar mensagens para ela, o que para a russa foi
inapropriado.
"Eu
tenho medo, não sei o que as pessoas podem fazer na rua. A gente fez o boletim
até pra coibir esse tipo de assédio, porque imagina alguém falar isso na rua? E
se meu marido está do meu lado? Pode até ser pior", assegura ela.
O esposo da
influenciadora esclarece que sempre tenta fazer com que a mulher não se abata
com os comentários maldosos, porém Aleksandra tem depressão e esse tipo de
situação a desanima de continuar no mundo digital.
O marido da
jovem declara que ela não quer gravar e ele a aconselha a continuar pois tem
muitas pessoas que a seguem, apoiam e gostam dela.
"É o trabalho dela, é legal, as pessoas gostam. A maioria do pessoal apoia, então eu tento dar força. Eu não sei o que as pessoas pensam, mas ela é de outra cultura, ela se assusta até mesmo com o jeito que nos relacionamos. Ela fica assustada até com a questão do abraço, de alguém desconhecido vir abraçá-la. Eu estou sempre com ela ou ela sai com as amigas", comenta.
A PM
disponibiliza os seguintes números para que a mulher peça ajuda:
(68)
99609-3901
(68)
99611-3224
(68)
99610-4372
(68)
99614-2935
Veja outras
formas de denunciar casos de violência contra a mulher:
Polícia
Militar - 190: quando a criança está correndo risco imediato;
Samu - 192:
para pedidos de socorro urgentes;
Delegacias
especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres;
Qualquer
delegacia de polícia;
Disque 100:
recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode
ser feita por qualquer pessoa;
Profissionais
de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer
notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é
encaminhada aos conselhos tutelares e polícia;
WhatsApp do
Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008;
Ministério Público
inf.via/g1ac
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