por Redação 19/07/2025 21:48
O nível do Rio Juruá segue em constante declínio em Cruzeiro do Sul e já começa a impactar diretamente a navegação fluvial, especialmente das embarcações de maior porte. De acordo com o coordenador da Defesa Civil no município, José Lima, o rio registrou 4,26 metros nesta semana, uma marca dentro da média para o período, mas considerada insuficiente para garantir boas condições de trafegabilidade.
“Embora o
medidor na ponte marque 4,26, esse ponto está em uma área mais profunda do rio.
Se formos para o final do bairro Miritizal, por exemplo, encontramos trechos
com pouco mais de 1,20 metro de profundidade e formação de bancos de areia.
Isso já compromete bastante o tráfego de embarcações”, afirmou o coordenador.
A estiagem
na região ainda está em sua fase inicial, mas os efeitos já são sentidos.
Segundo José Lima, os meses mais críticos da seca amazônica, setembro, outubro
e parte de novembro, ainda estão por vir, o que pode agravar ainda mais a
situação. “A expectativa é que o rio continue baixando, tornando a navegação
ainda mais difícil, principalmente para quem depende do transporte fluvial”,
alertou.
Apesar das
dificuldades, batelões, embarcações grandes e comuns na região, ainda conseguem
navegar, graças à experiência dos pilotos. “Eles conhecem bem os canais do rio
e conseguem identificar os pontos mais profundos. Mas, se fosse qualquer pessoa
sem esse conhecimento, certamente ficariam encalhados em vários trechos”,
explicou José Lima.
A situação
acende um sinal de alerta, especialmente em relação à logística de
abastecimento das comunidades ribeirinhas e ao transporte de pessoas e
mercadorias. A Defesa Civil segue monitorando o nível do rio diariamente e
orienta a população a redobrar os cuidados ao navegar.
“É fundamental
que os moradores fiquem atentos às mudanças no comportamento do rio e que
busquem informações antes de iniciar qualquer viagem pelas águas do Juruá.
Nossa preocupação é garantir a segurança de todos”, concluiu o coordenador.
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