No âmbito estadual, foram registradas 367 notificações de dengue; Rio Branco representa 32,3% do total
Diante do aumento de casos de síndromes febris
ocasionadas pelas arboviroses (dengue, chikungunya, zika, mayaro e oropouche)
em todo o país, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), preparou um boletim
informativo, com base nos dados disponíveis nos painéis de monitoramento.
De acordo com os dados reunidos pelo Departamento
de Vigilância em Saúde (DVS) da Sesacre, na primeira semana de 2024, de 1º a 7
de janeiro, foram registradas 367 notificações de dengue.
A capital, Rio Branco, concentra o maior número de
registros, com 32,3% do total de notificações, seguida de Feijó, com 10,5% dos
casos. Com a menor taxa do estado até o momento, o município do Bujari
registrou apenas duas notificações de dengue na primeira semana de janeiro.
Aumento de casos
Conforme estimativas do Ministério da Saúde (MS),
este ano o número de casos de dengue no Brasil pode chegar a cinco milhões. A
projeção da elevação de casos se deve a uma combinação de fatores, em especial
calor e chuva intensos, e ao ressurgimento recente dos sorotipos 3 e 4 do vírus
no Brasil. Atualmente, os quatro sorotipos da doença (1, 2, 3 e 4) circulam no
país, em uma situação considerada incomum.
As arboviroses apresentam um comportamento sazonal
no país, ocorrendo, principalmente, entre os meses de outubro e maio. A dengue
é uma doença cíclica, que provoca um número maior de casos geralmente de três
em três anos.
Decreto de emergência
O governo do Acre publicou, na última semana, o
decreto nº 11.396, que estabeleceu situação de anormalidade. A medida é uma
forma de planejar, alinhar e reforçar as ações de combate a dengue em todo o
estado, pelo período mínimo de 90 dias.
Edvan Meneses, chefe do Departamento de Vigilância
em Saúde (DVS) da Sesacre, destaca a importância de um esforço conjunto: “O
controle do Aedes aegypti requer a participação ativa da população, além do
empenho contínuo dos gestores de saúde em todos os níveis. A eliminação de
criadouros é fundamental para reduzir o risco de novos casos”, lembra.
Assessoria
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